CEI é encerrada sem contratação de empresa de auditoria

Terminou na quinta-feira, 17, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigava os contratos de gestão na área de saúde entre a Prefeitura de Bragança Paulista e a Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC), que administrou entre o final de 2013 e boa parte de 2017 as unidades de saúde do município, bem como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Davi.

A CEI, entretanto, só analisou o período do contrato da gestão anterior, ou seja do ex-prefeito Fernão Dias da Silva Leme. Apesar de diversos ex-funcionários e secretários terem sido ouvidos, o ex-prefeito não foi convocado para se explicar durante os trabalhos.



Por 3 x 2 os vereadores aprovaram parecer do vereador Sidiney Guedes, que tinha se licenciado para as eleições, e ao voltar apresentou o relatório.

De acordo com o relatório, os vereadores Cláudio Moreno, Sidiney Guedes e Rita Leme, entenderam que o pedido inicial de investigação, feito pelo vereador Tião do Fórum é procedente e que houve irregularidades na gestão dos contratos.

A CEI da Saúde ou CEI da ABBC como foi conhecida teve início em março e durante os trabalhos os vereadores disseram que contratariam uma empresa para auditar os contratos.  No início do ano, a administração de Jesus Chedid, já havia feito a mesma promessa, quando concluiu sindicância referente ao assunto, mas nos dois casos, a auditoria por empresa especializada no assunto, não saiu do papel.

Os depoimentos colhidos durante a CEI serão encaminhado para apreciação em plenário para que em seguida, prossigam para o Ministério Público, Tribunal de Contas e Excutivo, para que providências sejam tomadas e a organização seja impedida de realizar novos contratos com o município.

CEI da Reviva Saúde

O tema saúde e contratos de gestão devem continuar em pauta, na Câmara Municipal. O vereador Moufid Doher, protocolou na casa um pedido de abertura de CEI para investigar a Reviva Saúde, organização responsável pela gestão compartilhada das unidades de saúde do município.

Moufid está colhendo assinaturas para dar prosseguimento as investigações.

O vereador ressalta que em investigação do Grupo de Apoio de Operações Especiais (GAECO) do Ministério Público de Campinas a entidade é vista como braço da Vitale, instituição que administrava hospital Ouro Verde, em Campinas e cujos diretores estão presos desde o final do ano passado.

Um dos presos é Fernando Vitor, que durante solenidade de assinatura de contrato da Reviva com a Prefeitura de Bragança Paulista esteve no gabinete do prefeito Jesus Chedid e se apresentou à imprensa, como representante da Reviva. Na época da prisão, entretanto, a Reviva, negou que ele representasse a entidade.

Outro preso na operação, o médico Oswaldo Perezi Neto, que chegou a prestar serviços em Bragança Paulista antes da prisão. Durante as investigações, o número de celular da secretária de Saúde Marina de Fátima Oliveira foi encontrado no celular dele, com um programa para autodestruição de mensagens.

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