Julgamento é adiado e família de jovem assassinada com 14 facadas aguarda justiça após 8 anos

No próximo dia 22 de julho, irá completar 8 anos, que Fernanda Sanches Correia, de 18 anos foi assassinada em Bragança Paulista. O crime na época chocou a cidade já que a jovem foi assassinada com 14 facadas, dentro de casa. O acusado? O  ex-marido,Renan Guilhobel Mota Gonçalvez, com quem a jovem tinha um filho, na época de apenas 2 anos de idade e acabou confessando o crime.

Tudo que a família da moça quer é justiça.

O julgamento do caso estava marcado para esta quinta-feira, 21, mas  segundo o pai da vítima, Celso Roberto Mendes Correia, foi adiado porque uma testemunha não compareceu ao julgamento. Este é o segundo adiamento que a princípio o julgamento estava marcado para o dia 7, mas foi adiado por causa da greve dos caminhoneiros.

Uma nova data de julgamento foi agendada para o dia 16 de agosto, apenas 6 dias, antes de completar 8 anos do crime.

Passado 8 anos do crime, Celso Correia espera que seja feita Justiça. “Espero que seja feita Justiça. Se não Justiça dos homens a Justiça da terra”, disse.

 

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O acusado, segundo ele, está preso em Franco da Rocha, condenado por tráfico de drogas.

O crime

Emocionado, o pai relembrou que no dia do crime, 22 de julho de 2010, ele estava com mau pressentimento e disse para a mãe da garota, que se pudesse não ia trabalhar para ficar na casa.

Dias antes a filha descobriu que o rapaz estava mantendo conversas por computador com outras mulheres e decidiu se separar. O jovem, não aceitou a separação e planejou o crime.

Segundo o pai da jovem, ele pegou um dia antes as roupas e saiu de casa, tirou uma cópia da chave, e como sabia a hora que ela ficava sozinha na casa, entrou no local e a matou brutalmente.

O pai desconfiou que algo tinha acontecido porque a menina pegava carona com uma tia para ir para o trabalho, mas não apareceu. Ele tentou ligar no celular dela e na residência, mas ninguém atendeu.

“Nós tínhamos a alertado que ela corria perigo. Quando ela não atendeu eu sabia que tinha acontecido o pior. Fui desesperado para casa e a encontrei morta. Eu fechei os olhos da minha filha, dei um abraço e pedi que Deus me desse forças e fosse feita Justiça”, desabafa o pai.

Após matar a jovem, Renan fugiu com o celular da mesma. Ele ainda ficou escondido por um tempo, mas depois se entregou à polícia e confessou o crime.

A família  alerta para a morosidade da Justiça no Brasil, que deixa milhares de pessoas angustiadas por anos. “Só ficamos tranquilos, porque sabemos que ele está preso por outro crime e assim não pode fazer mal a mais ninguém”, desabafou o pai da jovem, que ficou com a guarda do neto, hoje com 10 anos de idade.

Ele alerta para a importância de melhorias na lei e atenção aos casos de violência doméstica não só em Bragança Paulista mas em todo o país. “Nós homens, temos que amar as mulheres. Matar, não é coisa de quem ama”, finaliza.

 

 

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