Motoristas de ônibus não aceitam acordo e cruzam os braços

Fotos: Filipe Granado

Na tarde desta sexta-feira, 22, motoristas de ônibus da empresa Nossa Senhora de Fátima decidiram cruzar os braços. A previsão inicial era que esta paralisação ocorresse pela manhã. A possibilidade da greve chegou a ser anunciada pela Prefeitura de Bragança Paulista no dia anterior.

O problema da categoria está em um acordo feito com aval do Sindicato dos Motoristas de Atibaia e região feito no início do mês, por causa da pandemia do coronavírus. Os motoristas param os ônibus no ponto da Universidade São Francisco, por volta das 14h30.

Entre as medidas adotadas pela empresa está o corte de horas extras bem como o corte do vale alimentação. Alguns funcionários que preferiram não se identificar disseram que estão cansados de promessas e preocupados com corte de salário, horárias extras, sendo que a gota d’água foi o corte do vale alimentação.

Assim como a categoria, diversos outros trabalhadores tiveram benefícios e salários cortados, bem como redução da jornada por causa da pandemia da COVID-19.

A paralisação ocorre dias depois que a empresa perder na Justiça liminar que garantia a continuidade da prestação do serviço, por causa de suspeitas em uma licitação.

JTP TRANSPORTES

O Grupo ao qual pertence a Nossa Senhora de Fátima Auto Ônibus perdeu a Concorrência Pública nº 005/2019 em janeiro e com isto, quem deve assumir o serviço é a empresa JTP Transportes, Serviços, Gerenciamento e Recursos Humanos Ltda, única empresa habilitada na licitação para prestar o serviço, que pediu um tarifa de R$ 4,69.

Até então, a concessionária do transporte público cobrava pelo serviço R$ 4,20, mas assim que perdeu a licitação também pediu um aumento, que foi concedido pela Prefeitura de Bragança Paulista. Atualmente a tarifa, é, portanto, de R$4,70.

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