Mulheres ainda enfrentam dificuldades no mercado do trabalho. Conheça 7 delas e saiba como vencê-las

Há muitas pesquisas sobre a participação feminina no empreendedorismo e no comando das empresas. E todas comprovam que qualquer ambiente rico em diversidade, seja de nacionalidade, religião, raça ou, neste caso, gênero, só tem a ganhar. Tanto em qualidade na sociabilidade entre os colaboradores quanto no lucro.

De acordo com a última pesquisa realizada pelo SEBRAE em parceria com o IBQP, os empreendedores iniciais brasileiros (negócios que tem até 42 meses de existência) estão com uma diferença mínima no que tange ao gênero – uma diferença de 1,4 p.p entre homens e mulheres.

Outro dado interessante nesta pesquisa é que o Brasil está a frente em número de mulheres que resolvem empreender quando comparado com países que pressupomos uma igualdade maior de gênero.

Nos  EUA e na Alemanha os indices de mulheres com negócio próprio são de 9,2% e 3,3%.  Já no Brasil a porcentagem é de 20,3%.

Os números são positivos, porém, no dia a dia, as mulheres ainda sofrem preconceitos e dificuldades.

Pensando nisto, o Bragança Em Pauta selecionou sete dificuldades que a mulher enfrenta e como superá-las. s dicas são de Marisa Peraro, CEO da Rede Pró-Corpo.

1.Remuneração inferior à dos homens

Executivas, analistas e assistentes: independente do seu cargo, converse sobre a igualdade salarial.
Tenha um diálogo justo e transparente com o RH da sua empresa ou com o seu gestor.
E fica a dica: se você for líder empresarial, analise a folha de pagamento e perceba se há discrepância entre o que é pago para homens e mulheres que ocupam a mesma posição e fazem as mesmas atividades e lute para que isto não aconteça !

2. Cultura organizacional de algumas empresas

Há empresas que promovem a diversidade nos cargos e funções, mas não estipulam uma porcentagem de mulheres na liderança. E deveriam fazer, pois, de acordo com a última pesquisa promovida pelo Peterson Institute for International Economics, empresas com pelo menos 30% de executivas têm 15% mais de lucro.

Logo, a diversidade de gênero não é apenas positiva para estipular bons valores na cultura empresarial, é bom também para o “bolso” e o futuro da empresa.

3. Ser a única mulher na liderança da empresa

Já ouviram aquela frase: “Juntas somos mais fortes”? É um fato quando se trata de ir contra a uma cultura organizacional que promova uma liderança predominantemente masculina. Isso porque estamos na era das primeiras executivas brasileiras a ocuparem cargos de liderança em grandes companhias.

4. Dividir/delegar as atividades de casa

De acordo com a última pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com base nos dados da PNDA (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), a jornada de trabalho doméstico das mulheres supera em 7,5 horas o realizado pelos homens.

Sabe como podemos reduzir este quadro?

Aplicando a igualdade de gênero dentro da própria casa.

As responsabilidades do lar são da mulher e do homem por igual !

Delegue, converse e equalize a quantidade de horas dedicadas à manutenção da sua residência. Isso ajudará a ter energia e dedicação no seu ambiente de trabalho.

5. Equilibrar a vida pessoal e profissional

Dosar as prioridades corporativas e pessoais é algo importante quando a mulher deseja sucesso profissional. Evidenciar para os parceiros, filhos e amigos a importância do trabalho para a plenitude é uma das lições. Ainda vivemos em uma sociedade em que o trabalho para o homem é algo orgânico. Já para nós, mulheres, temos que lutar por esse espaço. O diálogo e o equilíbrio são vitais nesse processo de nos posicionarmos.

6. Empresas que têm o discurso da diversidade, mas buscam os “iguais”

Como estamos em uma era que muito se discute sobre minorias, diversidade e igualdade, muitas empresas “adotaram” o discurso, mas não a prática.

Por isso, vale a pesquisa da empresa, quem trabalha nela e se os seus valores vão ao encontro dos seus valores.

7. A cobrança maior

As mulheres tendem a ser mais cobradas na entrega das suas atividades quando estão em cargo de liderança. Logo, não aceitar essa condição é o primeiro passo. Converse com os seus gestores, verifique se os seus pares tem o mesmo “peso” de responsabilidade e faça a divisão das suas tarefas e entrega.

Não sofra cobranças que não sejam condizentes. Novamente: dialogue.

 

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