“Na verdade, Excelência, foram 13 contratos firmados com a OAS com simples intuito de gerar caixa 2”, afirma Rodrigo Morales

“Na verdade, Excelência, foram 13 contratos firmados com a OAS com simples intuito de gerar caixa 2”, afirma Rodrigo Morales
Foto publicada nas redes sociais que gerou polêmica por Rodrigo Morales, mesmo sendo investigado na Lava Jato, estar na Itália na final da Champions League.

O site do jornal o Estado de São Paulo publicou nesta quarta-feira, dia 14, vídeos com depoimentos de 4 delatores da Lava Jato, entre eles, do advogado e empresário, que reside em Bragança Paulista, Rodrigo Morales.

No depoimento ao juiz Sérgio Moro, o advogado que recebeu o título de cidadão bragantino em 2014, falou que firmou 13 contratos fictícios com a OAS, no valor de R$ 28 milhões.  Estes contratos foram firmados, com objetos diferentes desde 2009 até início de 2014. 

“Na verdade, Excelência, Foram 13 contratos firmados com a OAS com simples intuito de gerar caixa 2 a eles. Ou seja, da gente transformar os recebimentos em recursos para serem destinados à eles”.
Ainda em seu depoimento Morales, informou que ficavam com cerca de 20% dos valores dos contratos, sendo que cerca de 17% deles eram destinados para o pagamento de impostos e que diante disto, ficavam com cerca de 3% dos valores.
“O dinheiro era repassado através de TED, nós recebíamos, ou sacávamos ou comprávamos dinheiro vivo. E o dinheiro era sempre devolvido no nosso escritório”.
O depoimento aconteceu na terça-feira, dia 13, em Curitiba. Morales é réu em um processo que investiga a formação de cartel e o pagamento de propinas para realizar obras de ampliação do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).

As obras do Cenpes foram o principal alvo da Operação Abismo, 31ª etapa da Lava Jato. A denúncia envolve o Consórcio Novo Cenpes – formados pelas empreiteiras OAS, Construbase, Construcap, Schahin e Carioca Engenharia. As empresas teriam pago propinas para vencer a licitação das obras.

Questionado por Sérgio Moro se o advogado não deduzia que o dinheiro era para lavagem de dinheiro Morales disse:

“Nós não nos preocupávamos e isto foi um grande erro cometido por nós”.

O empresário denunciado na Lava Jato,  tem livre trânsito nos meios políticos em Bragança Paulista.  Em 2014, foi homenageado após iniciativa da vereadora Fabiana Alessandri e na solenidade de homenagem diversos foram os elogios à sua pessoa.

Este ano, denúncias foram apresentadas à Câmara Municipal para cassação do titulo de Cidadão Bragantino à ele concedido, mas os pedidos foram arquivados.