PF prende falso fiscal da receita e esposa em condomínio de luxo em Bragança Paulista

A Polícia Federal prendeu duas pessoas em Bragança Paulista, na manha desta quarta-feira, 25, durante uma nova fase da operação Manigância visando desarticular, em definitivo, o grupo criminoso que desviava e comercializava créditos tributários da União.

A prisão foi efetuada em um condomínio de luxo. Há indícios da manipulação de mais de R$ 300 milhões em créditos tributários.

Segundo a PF,  os policiais federais cumprem 5 mandados de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária e 5 mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal/SP.

As buscas e prisões se concentram em São Paulo e aqui em Bragança Paulista.

A primeira fase da operação aconteceu no dia 22 de março. e na oportunidade a PF cumpriu 4 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão.

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Após o processamento e análise do material apreendido a Polícia Federal cumpre hoje novas medidas cautelares, incluindo a prisão preventiva dos principais envolvidos, buscas e novo sequestro de bens.

O inquérito policial se iniciou em dezembro de 2016, após comunicação da Receita Federal do Brasil sobre possíveis crimes cometidos por parte de uma servidora do órgão.  A investigação visava apurar a prática de corrupção passiva e inserção de dados falsos em sistema de informação oficial por parte de uma analista tributária da Receita Federal em São Paulo.

Ao longo da investigação, apurou-se que a servidora teria promovido alterações nos sistemas de informação da RFB para modificar a titularidade de créditos tributários legítimos em benefício de outras empresas.

Como funcionava o esquema?

O esquema funcionava da seguinte maneira: créditos lícitos de grandes contribuintes eram selecionados e desviados pelos criminosos, incluindo um falso auditor fiscal, em favor de empresas intermediárias geridas pelos mesmos criminosos.

Em seguida, após a captação de possíveis interessados, os créditos eram vendidos fraudulentamente e transferidos aos beneficiários finais da fraude por meio de pedido eletrônico de compensação e restituição.

Os presos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informações e estelionato.

A PF irá conceder uma entrevista coletiva às 10h30 para tratar sobre o assunto.

Foto: Polícia Federal

 

 

 

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