Restrição de caminhões: secretário de Mobilidade é convocado por vereadores

A Comissão de Justiça da Câmara Municipal decidiu convocar o secretário de Mobilidade Urbana, Manoel Botelho, para falar sobre os impactos no trânsito da cidade com as restrições ao tráfego de caminhões na Avenida Dom Pedro I, Avenida dos Imigrantes e Avenida Alberto Diniz impostas pelo Decreto 2484/17, em vigor desde a última segunda-feira, dia 17.

Ele deverá participar da próxima reunião da Comissão, na terça-feira  dia 25 de julho.

A comissão é composta por Marco Antonio Marcolino (presidente), Claudio Moreno (vice), Basílio Zecchini Filho, Ditinho Bueno do Asilo e Marcus Valle e a reunião acontecerá a partir das 14h, no auditório da Câmara e também  pode ser acompanhada pelo site www.camarabp.sp.gov.br.

VOLUME DIÁRIO DE CAMINHÕES 

Em entrevista à repórter Ana Oliveira para o Bragança Em Pauta e RBTV News, o secretário fez um balanço dos primeiros dias da restrição.

Caminhões que não possuem placa Bragança, estão proibidos de circular nas vias citadas das 7h às 22h. Já os caminhões com placa de Bragança não podem circular das 7h às 9h e das 17h às 19h.

Caminhões que prestam serviços para empresas em Bragança, devem se cadastrar junto a Secretaria de Mobilidade, para ter o horário de restrição semelhante aos de placas de Bragança.

Alguns caminhões estão livres destas medidas restritivas como: caminhões de imprensa, socorro, guinchos e coleta de lixo.

Botelho, explicou que o Volume Médio Diário (VDM), de caminhões que entram no município por estas vias foi feito no ano passado, por causa do Plano de Mobilidade Urbana.

Explicou que entram ou saem da cidade pela Variante Farmacêutico Francisco de Toledo Leme (Variante do Taboão) 2.300 caminhões por dia. Já pela Avenida Alberto Diniz, entram 1900 caminhões por dia e pela Capitão Barduino, cerca de 800 caminhões.

Acrescentou, em contrapartida, que pela Rodovia Padre Aldo Bollini, na Penha, o número é de 400 caminhões por dia e pela Variante João Hermenegildo de Oliveira, conhecida também como Variante do Guaripocaba cerca de 700 caminhões por dia.

Diante destes números, Botelho disse que cerca de 500 caminhões por dia realmente estão indo para destinos em Bragança, ou teriam realmente que passar pela cidade. Os outros estariam fugindo do pedágio da Rodovia Dom Pedro I, em Atibaia.

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DESVIOS E ROTAS ALTERNATIVAS

Sobre o fato de muitos caminhoneiros desviarem o trajeto pela Avenida Alpheu Grimello, Rua Felipe Siqueira e Avenida José Gomes da Rocha Leal, e consequentemente este movimento causar impacto nestas vias, disse que talvez seja necessário fazer algumas adequações a restrição..

Ele afirma, entretanto, que em seu ponto de vista, não é necessário  que os caminhoneiros se aventurem a fazer manobra nestas vias  já que estão os orientando, principalmente os caminhoneiros com destino ao Circuito das Águas, para que usem a Variante do Guaripocaba e a Rodovia Padre Aldo Bollini.

POLÊMICA SOBRE A DOM PEDRO I

Com relação à jurisdição da Avenida Dom Pedro I e Variante do Taboão, disse que aguarda do Departamento de Estrada de Rodagem (DER), manifestação oficial, sobre onde começa e termina a Variante e consequentemente, que trecho é de responsabilidade do município.

Disse ainda  que  para efeito da restrição de caminhões, a Secretaria de Mobilidade Urbana, considera como limite, as placas instaladas pelo DER e não a rotatória São Francisco, ou seja, antes do acesso à Avenida Norte-Sul e também da Avenida Antonio Pires Pimentel.

O caso é polêmico.

A Prefeitura, mantém em trecho do DER, equipamento de fiscalização eletrônica, programado para registrar as imagens dos veículos quem por lá circulam e agora, as imagens dos caminhões que trafegam em horários proibidos.

Apesar destas imagens serem colhidas em equipamentos instalados em trecho que não é de competência do município, Botelho afirma, que as mesmas podem ser usadas como base para gerar multas, visto, que as imagens são captadas em profundidade com o veículo já na rotatória.

De qualquer forma, para evitar transtornos, esclareceu que a Secretaria de Mobilidade Urbana, irá providenciar  a transferência dos equipamentos.

O secretário deve divulgar nos próximos dias o número de caminhões cadastrados e também o número de autuações feitas por causa das restrições.

O caminhoneiro que desobedecer a restrição perde 4 pontos na carteira e a multa é de 130 reais.

 

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