TCE aponta irregularidades na UPA Vila Davi em Bragança

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) esteve em Bragança Paulista no dia 25 de junho. Na oportunidade o órgão fez uma fiscalização na UPA Vila Davi.

A fiscalização aconteceu de forma simultânea em diversas unidades de saúde do Estado de São Paulo. Também em junho, o TCE apontou irregularidades em escola durante fiscalização ordenada de merenda. 

A Fiscalização Ordenada tinha como objetivo analisar:

    • A qualidade do atendimento aos usuários;
    • A satisfação do usuário, atestada por meio de entrevistas,
    • O controle de presença de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde
    • As condições de armazenamento e dispensação de medicamentos;
    • As condições físicas do local (acessibilidade, limpeza, conforto, sinalização ) e de equipamentos;
    • Descarte de resíduos hospitalares.

Em Bragança Paulista foram realizados apontamentos do TCE referentes ao controle dos médicos, armazenamento de medicamento e descarte do lixo.

Vale lembrar que a UPA é gerenciada de forma compartilhada pela Prefeitura e pelo Instituto de Saúde Social Medlife.

O atendimento

Sobre o atendimento em si, o TCE, apontou que apesar de existir atendimento preferencial por meio da retirada de senha e triagem dos casos mais urgentes, a UPA ainda não adota o atendimento preferencial a maiores de 80 anos.

Durante a visita, inclusive os pacientes classificaram o atendimento como bom.

Controle de ponto

Quanto à escala dos médico, o TCE apontou que fica acessível ao público apenas a escala do
plantão diário. Contudo, a escala mensal fica no setor administrativo.

O TCE apontou ainda que o controle dos médicos ainda é feito de forma manual, em dois horários, na entrada e na saída.

O órgão apontou ainda irregularidades no ponto. “A fiscalização apurou que os médicos já assinaram a saída no momento da entrada, o que dificulta o controle de presença dos referidos médicos”, diz o relatório.

Ainda de acordo com o TCE teve médico que assinou o ponto na data do dia seguinte e que não estava na escala e que médicos que estavam na escala, não assinaram o ponto.

Enquanto o controle de ponto dos médicos é feito através de ponto, dos enfermeiros já é realizado através de biometria.

O TCE apontou também que a escala dos enfermeiros e dos outros funcionários da UPA não estão visíveis.

Medicamentos e lixo

Outro problema apresentando pelo TCE é com relação ao armazenamento de medicamentos e também de  lixo.

Apesar de o estado geral da farmácia ser bom, encontramos, o TCE apontou que há na farmácia pontos de infiltração no teto.

Além disso, apesar de não terem sido localizados medicamentos vencidos no estoque, havia remédios faltando poucos dias para vencer.

“Como exemplos citamos o medicamento escopolamina + dipirona, com prazo de validade de 30/06/19, inferior a uma semana e penicilina procaína, com validade de 06/19”, afirma o relatório do TCE.

Já com relação ao lixo hospitalar, o TCE informou que a UPA só separa o lixo comum do contaminado, não tendo resíduos especiais já que os exames de raio-x são digitais, não
gerando resíduos.

No entanto, informou que “os resíduos perfurantes ficam junto ao grupo dos resíduos contaminados, em caixas de papelão”.

Para finalizar o tribunal ainda apurou que o local não tem auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros para funcionar.

O Tribunal de Contas já deu prazo para a Prefeitura se manifestar sobre o tema.

 

 

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