Polêmica: secretária de Saúde é acusada de receber caixa 2 de empresa habilitada como OS

O jornal Bom Dia, do Grupo Bom Dia, de São José do Rio Preto divulgou na edição virtual de hoje, dia 24 de junho, que a secretária municipal de Saúde de Bragança Paulista, Marina de Fátima Oliveira, recebeu em 2016, dinheiro de entidades ligadas à area de saúde, através de caixa 2, para sua campanha como vice-prefeita, em São José dos Campos em 2016.  A secretária, nega as acusações.

O assunto caiu como uma bomba em Bragança Paulista, já que o município está prestes a abrir um nova licitação para contratação de Organização Social (OS), para gerenciamento das unidades de saúde e está em um verdadeiro cabo de guerra com a Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC), que na sexta-feira, dia 23, regularizou apenas parte do pagamento dos funcionários.

Por WhatsApp, a secretária informou em primeira mão ao Bragança Em Pauta, que as informações não procedem.

“Não tenho a menor ideia do que seria isso.  Não recebi de forma oficial, muito menos de forma escusa, dinheiro na campanha.  Nenhum centavo.  Creio que estão tentando imputar algo errado a mim, na tentativa de me fazer esmorecer em relação ao meu trabalho em Bragança.  Continuaremos nosso trabalho, pois NÃO É VERDADE O ESSE JORNAL está postando. “, ressaltou a secretária referindo-se a publicação que foi espalhada pelas redes sociais em Bragança Paulista.

Marina é acusada pela reportagem de  ter”recebido cerca de R$ 50 mil em caixa 2 da campanha. O dinheiro teria sido doado pela Cintra Serviços Médicos Ltda. As denúncias apontam ainda a doação, também em caixa 2, de organizações sociais ligadas ao grupo Pro Saúde (InSaude, Vitale Saúde, Pro Saúde, entre outras , de propriedade do Sr. Paulo Camara). Este grupo teria doado outro R$ 100 mil diretamente a Marina de Fátima e Sheike” afirma a nota.

Marina de Fátima foi candidata a vice-prefeita pelo Democratas. O candidato a prefeito era Sheakespere Viana Carvalho, do PRB. Eles declararam que gastaram na campanha, segundo site do Tribunal Superior Eleitoral pouco mais de 1 milhão e 200 mil reais.

O fato se torna ainda mais polêmico, porque a Pró-Saúde e a InSaúde, citadas na matéria participaram do processo de credenciamento como organização social no município. A Pró-Saúde não está apta, mas a In Saúde, foi habilitada a participar da licitação para contratação de OS para atuação nas unidades básicas de saúde, que acontece no dia 30 de junho.

Marina disse que não conhecia a entidade antes do início do processo de qualificação em Bragança.

Confira a reportagem publicada pelo Grupo Bom Dia:

http://grupobomdia.com.br/secretaria-de-saude-de-braganca-envolvida-em-esquema-de-sheakspeare/

ATRASO NO PAGAMENTO

Já com relação ao atraso de pagamento dos funcionários da ABBC, na quarta-feira, 21, diretores da entidade estiveram reunidos na Prefeitura com o prefeito Jesus Chedid e uma comissão de funcionários que estavam com salários atrasados.

A organização se comprometeu em pagar os salários e benefícios na sexta-feira, dia 23, mas apenas parte dos funcionários e recebeu e há diversas reclamações de que não receberam tudo que tinham direito.

A Prefeitura deve para a entidade mais de R$ 2 milhões e não repassa a verba alegando que a ABBC  não tem Certidão Negativa de Débitos. O caso foi parar na Justiça. Na segunda-feira, dia 19, a ABBC conseguiu uma liminar para que a Prefeitura faça o repasse. A Prefeitura recebeu  comunicação oficial da decisão, na terça-feira, dia 20, por volta das 17h mas não fez o repasse ainda.

A entidade publicou uma nota paga em jornais impressos neste sábado, dia 24,  informando que na sexta-feira, dia 23, conquistou uma medida judicial que garante que a Prefeitura garanta o repasse em 72 horas. A ABBC também denunciou que assim como ela, outras 23 empresas que prestam serviços à Prefeitura, não tem a CND e que, mesmo assim, continuam recebendo, diferente dela.

Sem CND, bom lembrar que a ABBC fica impedida de participar da nova licitação

A organização sempre foi alvo de muitas críticas desde que se instalou em Bragança no final de 2913.